Tenho Horror Ao Amor


Tenho horror ao amor!
"Todos querem ser amados e serem felizes com alguém. Porque é que tens essa mania de ser diferente?" Perguntaste-me tu, uma das várias vezes em que se tocou neste assunto, minha amiga. Mas eu já amei e nada foi tão bom como se poderia desejar ou esperar.
Tenho horror ao amor, mas ouço destas músicas, no entanto.
Tenho horror ao amor e fujo DISSO, ao primeiro e mínimo sinal. Sigifica fugir pela minha vida.
Não vou dizer que não sinto falta (admito-o aqui: lá fora digo que quero é foder e esquecer o alimento já "comido"). Foder e desaparecer é o meu mote para uma vida sexual saudável, sem "jejuns" e sem prisões. Homens "descartáveis" costumam ser o meu tipo de homem.
É de madrugada e é tarde o suficiente para que eu já devesse estar a dormir há várias horas. Estou aqui, no entanto, a escrever. Tento escrever nesse blog secreto que criei, longe dos olhares que lêem estas entradas. Não resulta e, aqui, as coisas saem tão facil e naturalmente.
Há dias, em conversa com uma amiga, mencionei algo. Falávamos de homens, comentávamos os ditos (como de costume), falámos de sexo, de... amor... e eu disse algo, que espero conseguir ser capaz de escrever aqui. Falei da frieza que se gerou em mim. Dos que me conhecem, muitos diriam que minto, que não existe frieza nenhuma no meu coração. Outros, sublinhariam esses ditos. Já passei por várias coisas (esqueçamo-las), já senti várias coisas (idem) e fechar-me para esse género de coisas, foi a melhor arma que consegui arranjar. Agora, sou muito frio em relação a várias coisas. Sou muito frio até com algumas das minhas amizades. Estou, além de frio, amargo e distante. E, fora uma ou outra depressão ocasional, que me faz desejar esse "enforcamento", que me faz ansiar por esse apoio, tenho-me dado bastante bem. Não me iludo e não iludo terceiros.
Por mim (e pelos desabafos de uma amiga muito especial), pela minha experiência (e pela experiência dela nos seus desabafos), tenho visto que até os "fuck buddies", os "amigos coloridos", as "curtes" ou lá como prefiram chamar-lhes, iludem-se, esquecendo-se de preservarem as fronteiras definidas desde o começo.
Ah! E temos sempre aqueles que acham que lhes devemos o mundo, ou retribuir chamadas / mensagens / whatever depois de uma queca bem mandada. Sim, claro! Quase que me esquecia desses.
Enfim...
Amor... para que serve?
Para criar músicas destas e pouco mais!

No entanto, muitas das vezes, parece-me que esse meu "love is undying". Por detrás da indiferença demonstrada, existem muitas horas sofridas, em que as lágrimas já secaram e tudo quanto restou, está descrito acima.

Comments

Elizabete ღ said…
Já li e reli este texto mais de 3vezes e a verdade é que não tenho palavras para te dizer o quanto gosto desta publicação... Gosto tanto do que dizes como da forma como o dizes - tantp que me toca mesmo lá no fundo!
Acho que o melhor que posso dizer está no meu blog, numa publicação totalmente devida a ti e a este artigo...
Beijinhoo

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