Muitos pensamentos e muitos sentimentos


Bem, eu gostaria de conseguir escrever uma entrada. O tablet atrofia sempre. Desliga e reinicia. Vamos lá ver se consigo fazer as coisas desta vez.

Encontrei uma boa amiga esta tarde. Pusemos a conversa em dia. Falámos de um comentário que tentei deixar no blog dela http://iistoeaquilo.blogspot.com. Tivemos tempo de falar a sério. De rir. E soube bem. Sabe sempre bem.

De noite, eis-me num outro café, com uma outra amiga.

Penso na vida. Penso nas músicas que saquei para o telemóvel. Penso no que tenho e devo fazer. Penso naquilo que náo faço. E é enquanto penso, que reparo no enorme fracasso em que me tornei. No imenso fracasso que sou (ou que me sinto)! Sou um imenso fracasso em todos os aspectos. Sou um imenso fracasso, mas uso uma desculpa para mim mesmo de que ando a tentar descobrir-me. Mas poderia fazer isso e fazer alguma coisa pela vida.

E agora vejo algumas coisas que me deixam apavorado. A minha mãe fala do meu estilo de vida, mas não falto a qualquer responsabilidade que tenha. Refiro a minha mãe, sem que ela tenha nada que ver com esta questão. É apenas um exemplo que retirei, por viver na casa da minha mãe (ainda!), pelo estilo de vida que levo (também, ainda!). Nunca retirei a razão da minha mãe de qualquer uma das zangas que tivéssemos em que ela tivesse razão.
Mas mantenho esta linha de pensamento: posso ser um doido e fazer uma vida louca, mas não fuj a qualquer responsabilidade que tenha. Não é por não estar a fazer nada da vida, que não tenha responsabilidades.

Sinto-me a justificar-me muito, perante algo que faço por mim.

Tenho pensado nos blogs. Na ideia de um outro blog, que não esteja ligado a nenhum destes que tenho, activos ou inactivos. Um blog que não esteja ligado a nenhuma das minhas contas, onde possa exprimir-me sem receio de que saibam quem sou. Mesmo os meus bons amigos, alguns bastante compreensivos com a minha loucura, ficariam algo chocados com algumas das coisas que eu escreveria. E é por isso que tenho trabalhado nessa ideia. Já tive um blog secreto durante uns tempos e apaguei-o. Sentia-me longe demais, num patamar muito acima do meu. Mas sinto-me agora preparado para vôos mais altos. E sinto-me necessitado desse espaço.

Ainda voa o sonho. E enquanto voarem os sonhos, não haverá razão para não voar a alma. A minha alma é feita de sonhos. E sinto-a, muitas vezes, a desvanecer-se.

Isto é uma mistura de pensamentos e de sentimentos. Envolvem-se e afastam-se. Um sobrepõem-se ao outro.

E eu sou um nada do nada de uma noite!


Bem.. que mais?

Que mais haverá na vida ou no mundo que viver?

Que mais males terei que suportar?

Que outras vidas terei ainda que explorar?

Sinto-me como que vindo de um passado muito distante e de um futuro mais distante ainda. E espero uma espécie de um regresso a casa, louco e triunfante, regressarei onde sou rei! E ficas tu para trás. Ficam todos os motivos de medo e de receio, enquanto eu vou!

Penso em ti! Neles! Em todos os outros! E o mundo está longe de tudo quanto idealizámos! O nosso reino foi-nos roubado! O nosso castelo foi saqueado! Da História, restam as paredes. Dos nossos momentos, resta-me uma ténue memória. E sei que, se pensares em mim (o que não acredito), não será um sorriso que te surja na cara. Talvez seja a cara que se faz perante algo desagradável.

Quero o sonho e a praia. Praia de noite de lua cheia. Quero os imensos campos extensos desdobrando-se perante nós, enquanto cavalgamos dias e dias. Noite fora, acampamentos improvisados, fogueiras acesas no meio do nada. O som dos instrumentos da nossa corte. E tu e eu, rei e senhor, seremos uma memória. Seremos a mais bela história de encantar. Seremos o maior romance.

Tenho perante mim, perante a sombra da minha alma, tantos pensamentos. Tenho tantos sentimentos. Não sei se existe espaço em qualquer coração que seja.

Escrevo nuns dias assim. Noutros, são mais curto e directo. Mas há coisas que andam armazenadas dentro de mim há demasiado tempo.

Apesar de tudo isto... sei, minha querida Carina, que estou mais frio. Mesmo com aqueles que me são mais próximos ou mais queridos. Estou mais ausente de mim mesmo. E esta minha frieza estende-se várias coisas. Não apenas às pessoas, mas até a lugares que, em tempos, me eram tão queridos e que eram, então, o meu forte.
Estou tão frio, que sinto não existir já qualquer espaço para o amor no meu coração.

Estou tão perdido, que já não sei como fazer ou como começar.

Talvez em breve descubra. Talvez, em breve, haja uma mudança qualquer, não só na vida como na minha atitude perante ela.

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