O meu estranho ser

Espero. Vou esperando, onde apenas existe espaço para desesperar.
Vejo os dias a passar, numa altura em que cada minuto é precioso.
Fujo ao meu dever por preguiça. Por causa da vadiagem.
Estranho ser que sou. Sinto-me triste com o rumo das coisas e nada faço para o alterar. Sinto-me triste e envergonhado, mas mesmo assim...
Toda a gente luta por algo. Eu não luto por nada. Desmotivado? Sem dúvida. Preguiçoso? Vergonhosamente, a 100%. Mas porque escrevo somente, em vez de lutar? Nem vale a pena continuar.

Fui procurar Amália na net. Saquei algumas músicas que não tinha. Ouço-a agora a cantar o "Marujo Português". Encanta-me. Tinha saudades. Passei por um tempo sem escutá-la, nem senti-la. Passou para "Não Digas Mal Dele". Amália com a sua sabedoria. Saquei esta música já a tendo. Acreditava ser uma versão diferente. Mas é bom.

Amália fala da sua vida, nos fados que canta, sejam Suas as palavras ou de algum dos seus poemas. E eu encontro nas palavras que Amália canta, rasgos da minha alma.
"Que estranha forma de vida tem este meu coração, vive de vida perdida, quem lhe daria o condão, que estranha forma de vida".
Penso em ti. Subitamente, vens-me ao pensamento, sem que eu saiba bem porquê. Penso em ti, no segredo que tu és. No segredo que eu sou. Segredo que pouca gente sabe, qundo ninguém deveria conhecer tal passado. Meu. Teu. Esqueçamos isto. Estou disposto a isso, talvez na tua ausência prolongada. Quando te revir, logo se verá.

Enfim... acho que ficou tudo dito. Tinha um rascunho com uma imagem guardada e acho que poderá ser usado agora. Se algo me ocorrer.

Logo verei...

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