"Rumores"

A ti!

Por entre os mais antigos rumores
Eu caminhei!
Nunca parei de caminhar:
Tanto caminhar e não alcancei nada!

E os rumores adensam-se:
Ninguém fala!
Ninguém vê!
E eu sei-me de cor,
Sei de cor estes andamentos...

Soms estranhos apresentados tantas vezes...
E escutando os rumores,
Há rumores daquelas horas... palavras
Ditas e, quiçá,
Sentidas num instante!

Mas, estes rumores, donde vêm?
Ninguém fala e sinto-os no ar...
E é o mundo a dizer-me que anda aí
Esse que é o meu temor:
E sou um segredo e, do passado, um rumor!

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