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Showing posts from 2017

Tinha ideias diferentes para este texto

Pensei em fazer algo diferente. Pensei em escrever aqui algo, como se fosse apresentar-me. Desisto. Não vejo como é que me apresentaria hoje, a um grupo de pessoas. A falar a verdade, se me perguntarem quais são os meus interesses, o que é que gosto de fazer para passar o tempo (ou como é que o ocupo), ficarão bastante decepcionados. Pensarão que sou daqueles gajos mesmo broncos. E não sou. Ou não era, mas deixei-me parar. Tenho aberto várias possibilidades, ultimamente, pensando em várias maneiras de me "desdobrar". Tenho pensado em várias maneiras de colocar certos projectos em prática. Ainda não saí do mesmo. Tenho pensado em fazer várias coisas. Algumas diferentes. Variadas, mas conjugando-se entre si. Sabem, sinto-me mal. Sinto-me triste. Sinto-me em baixo. Se quero falar? Sim, com todas as minhas forças, preciso de falar e desabafar e chorar. Precisar de odiar o mundo, por uma noite, no ombro de alguém. Preciso de libertar os meus demónios, exorcizar a minha alma. Se vo

#metoo

Passa-se bastante tempo, entre um texto e outro. De vez em quando, lá venho com uma ou outra ideia melhor. Acabo de escrever um texto algo confuso, no meu outro blog, sobre a tag #metoo! Escrever os blogs no telemóvel é muito fixe, quando se está de viagem, mas nada bate um computador. Reler o que se escreveu, editar aqui, corrigir ali. Enfim, é melhor não começar a divagar. De há uns tempos para cá que tenho evitado bastante pessoal. Evitar encontros, evitar possíveis finais, dos quais me arrependo depois. Evitar situações que me levem ao extremo de fugir e fazer isto mesmo: evitar pessoas. Essa hashtag refere-se ao assédio. As mulheres decidiram partilhar essas hashtag, por forma a demonstrar que, o assédio, é bem mais amplo do que visível. E mesmo não sendo mulher, posso dizer que #metoo: eu também sofro de assédio (ou sofri); posso pegar como exemplo, aquele artigo da activista transexual turca, violada e torturada, para depois ser assassinada. Destaquei uma parte do texto em que f

#metoo

I've seen that tag around. On Facebook. On Twitter. #metoo - I but what do they mean with that tag? What's that they are trying to tell us with "me too"? I haven't gone further on what this hashtag means, but it seems that this hashtag has to do with the demonstration of the women who have been sexually harassed by men. OK. To begin with, I'm not a woman. Then, I feel that I have to say, once again, that I am a gay man. And what do gay men might have to do with that hashtag? Well, I write of my own experience, that we, too, can get sexually harassed. It might come from another gay men, from women and, more recurrent in my life, it comes from straight guys. Trying to fit this to my point, I have shared an article that spoke of the rape, torture and murder of a trans activist in Turley, last year. With that article, I have shared a quote of the text that said something about those who look at us as sexual objects. And it's true - when you are not the typi

I'm tired of serving as an experiment

Message me. I see the difference between us. You're young, full of testosterone, straight. I'm eleven years older, full of experience, gay. You tell me you are curious. I am tired of giving experiences to guys like you. I've been there too many times, done that too many times and now I am tired of that.  My response showed you my lack of interest right from the beginning. Quite possibly, you've gone through other profiles and found someone to delight you with a warm mouth. It's not my business.  I have been putting myself aside many things lately. Like I've already mentioned, I've been there and done that and I am no longer willing to do it again. Not now. I'm tired of way too many things. And yet, I'm not surprised with what happens. The more time passes by, the less surprised I am. The more time passes by, the less willing and receptive I am to people, their desires, their curiosity.  Don't get me wrong. It's all cool. I won

Incêndios florestais em Portugal (sem esquecer da Galiza)

Neste fim de semana que se passou, Portugal foi queimado. Neste fim de semana que se passou, o país ardeu. Florestas inteiras foram erradicadas. Cidades queimadas e evacuadas. Mais de 60 mortes, um bebé com um mês de vida entre as vítimas. Li, numa publicação partilhada de um grupo de Leiria, pessoas a alertar para gente em motas, a colocar incêndios. Estavam armados. Depois do pânico de tentar saber da gente que tenho na minha terra, entre amigos que são família, família da parte paterna, dizem que também ouviram motas por lá. Fala-se de um carro e um jipe. Isto, meus amigos, juntamente com o que houve no Verão, foi terrorismo. Terrorismo caseiro, interno, com imensos interesses financeiros, como se tem tornado evidente (caso o não fosse já, há vários anos). Houve incendiários soltos, por votos de confiança, pelo amor de Deus! Os altos quadros da nossa justiça e da nossa governação estão a querer fazer - nos de idiotas. Estes terroristas mataram 100 pessoas, queimaram o país inteiro,

I shouldn't be writing this

It's windy outside. This city has this special relationship with constant wind and with danger. I'm high. My friend gives me a ride home and I walk beside the trash truck. Almost like an escape from any danger on the other side of the street. There is nothing special in this. I always look back, from the corner of the eye. High or sober. Or tired. Very tired. I feel like having my chest bursting, but I can't seem to be capable of writing down my feelings. What if I started drawing? All over again? I have plans and ideas for some collages. The same plan I used to have with a story that I have never written again. I have plans to sit in front of the paper with pencils sharpened (even the colouring ones) and just let it flow. Like she said to me too many times, alowing myself to express myself (is this even correct?), even if only with a simple dot. I keep pushing away opportunities. I keep pushing people away. Don't come that close. Come on! How dare you? I keep m

De momentos

Tal como no sexo, quando manda mensagem para um chat para trocar umas mensagens com alguém, é para aquele momento e pronto, no dia a seguir cada um segue a sua vida e continuamos estranhos. Não o faço com intuito de prolongar as conversas e criar o que seja dali. Tal como escrevi, na abertura do texto, no sexo, passa - se exactamente o mesmo: é foder e esquecer. As necessidades de ambas as partes (supõe-se que) ficam saciadas e não existe qualquer motivo para sermos amigos ou virmos a repetir. Se procuravam, em mim, alguma continuidade, enganaram - se na pessoa. Não sou de continuar, de marcar presença ou fazer vida. Sou desses momentos de necessidade, própria ou alheia, mas nada mais.

I gotta keep it up more to myself

I shall not write too much. I shall not speak too much. I shall not pass too much info to whoever reads or listens to me. I shall not let my emotions drive my use of words. I shall not remember white spaces with wet grey floor and strong smell to piss. Or a small building, nearly destroyed, where things happened on a daily basis, that you'd expect them to happen only in movies. I have to sleep. I have to log off the Internet, turn off my phone and avoid his phone calls. I have to exit the streets during the weekend. He's no boogie man, rather an annoying carnivorous trying to get his meat, decided to take even by force. I have to sleep. Good night (I'm sorry for the inconvenience and any possible lack of sense in this text)

I should be less of a bitch

I know, I know. I should be less of a bitchy guy, but what to do? I know that I am using a dating app, however I have nothing there that tells I am looking for something. People are annoying in the real world and they can be more annoying in the virtual world - in the end, I just want to look at endless profiles and look at endless opportunities that I could take if I were open to that. I am not. People bother me even more, the more time passes by. People annoy me and my great desire to move to the countryside, where the possibility to see anyone decreases with the arrival of winter. I want to move to my grand dad's house (he passed away almost seven years ago) and live here for the rest of my life - since I was a little kid I have wanted to and the desire to do so only increases, the more life passes by and the more I deal with people. I know that I should allow them to come close, but I even want to move to this tiny little place, far from nearly everything and everyone, as I

I stand still

My mind was running crazy, while I was in the shower. Perhaps, not crazy in the sense people who know me could think, but still... My mind and my soul are full of wonders. Longings, desires, incomplete phrases. The same way that our souls are shaped with everything we get throughout our living time, the same way our soul gets the tombs of those corpses we get throughout our very same existence, the same way we choose to carry such wounds, my mind got filled with wonders and wonderful treasures, feeding and keeping a huge empire. Through the times of my life, some tried to steal my treasures, some.others tried to destroy my empire... but I stand still.
Palavras de madrugada. Luzes néon. Arcadas mal iluminadas de um prédio qualquer. Calor. Vozes que se perdem na noite. Quantos cenários passam pela minha mente, mas sempre, sempre se interpõe o pensamento de certas palavras, certas atitudes. A noite tinha tudo para ser ideal. Não fosse o devaneio maldito.

Quantas palavras escreveria...

Agora, se soubesse como descrever aquilo que sinto. Chove. Faz sol. As nuvens cobrem o sol, fica frio. Chove de novo. Estes dias não se tornam mais fáceis, mas são suportáveis. Faltam elementos, entre eles, tu, que foste com o mar, na semana passada. Deus, fazes tanta falta... Estes dias foram horríveis, mas também trouxeram muitas coisas boas. Não sei se um dia após o outro será tão mau, como se possa pensar. Não sei de nada, neste momento.

Daqui a nada...

Recebo uma daquelas mensagens a dizer: Bruno, vai dormir.

Nem tudo vale a pena.

Eu poderia escrever de emoções, escrever de sentimentos. Poderia falar, escrever de qualquer coisa que (se) sentisse. Eu poderia deixar fluir o meu pensamento, deixar que saíssem devaneios desordenados, escrever um longo texto sem qualquer sentido - preferi calar-me, cortando o texto com um facto. E não me bastou. Poderia escrever de coisas que vejo, coisas que vivo, gente que vejo, que encontro, que sirvo. Poderia escrever de gente que olho, com quem falo, que simplesmente cumprimento. Poderia falar daqueles que fazem a minha mente vacilar. Poderia falar de tantas pessoas, escrever tantas pessoas, Poderia falar de coisas que já nem sei como se fazem. Poderia escrever sobre aqueles momentos que nem recordo ter vivido. Poderia falar das noites de pensamentos suicidas, remexer no cadáver fétido de certa emoção, sem que fizesse bem algum. No fim de contas, divago sobre tantas coisas. Mas não vale a pena. Porque o poeta estava errado: nem tudo vale a pena.

Não contem comigo

Entendam que não ando para satisfazer todas as vossas vontades, nem todas as vossas necessidades. Sou o melhor, no sentido em que vos satisfaço )e tiro satisfação disso), em que guardo segredos, que são o melhor para todos os envolvidos, mas tenho, também, as minhas vontades, os meus desejos. Não contem comigo, se posso apenas contar convosco quando vocês querem ou precisam.
Não escrevo só sobre lamentos. Há alturas em que escrevo sobre mim, sobre alguém, meramente para escrever ou para libertar-me de certos pensamentos. Agradeço que nem todos os dias sejam de angústia. 

Não sei o que há a dizer

Não sei bem o que há ainda a dizer. Sinto que tudo o que poderia ser dito, já foi dito há imenso tempo. Como se todos os versos das madrugadas envoltas em fumo de cigarros já tivessem sido escritos; sinto que não resta uma só sombra de alma que não tenha sido escrutinada em análise a versos, a prosa confessional; sinto que não há qualquer estado de espírito que não tenha sido violado por olhares alheios; sinto como se não existisse qualquer palavra para descrever um sentimento que teima em não cessar. E são estas as horas de tédio, de mórbido desejo, em que anseio por um pouco de paz (uma dádiva da morte? ), que me trazem o anseio de caminhar junto ao mar, de ouvi-lo a cantar, lá de cima da falésia. A noite irá alta. Sabe Deus quantas horas já não orei, rosto enfrentando o mar frio e zangado, enquanto mantínhamos um diálogo incompreensível para os demais.  O fumo dos meus cigarros preenche os espaços, sem preocupação, sem remorsos. E a minha alma banha-se no sangue das vítimas inocente

Há amores que não se explicam

Não me interessa o que pensem, o que digam.  Não me interessa quantos cães ladrem ou quanto filhos da puta cuspam no teu nome (pena que não posso matá-los). Não me interessa o que achem.  Posso não ser daqueles teus filhos ideais. Posso não saber de toda a tua História, posso não recordar-me dos dias importantes, posso não ser mais que um grão de areia...  Não me quero longe de ti. Não me quero afastado de ti.  Queria ser poeta e transformar-te num poema que durasse pela eternidade. Queria ser algo mais, algo maior nascido de ti, criado por ti e para ti, servir-te num bem muito maior. Queria declamar este meu amor, gritá-lo a todo o Universo, que todos soubessem o teu nome, que todos te olhassem com reverência, que baixassema cabeça ao ouvirem ou ao pronunciarem o teu nome.  Há coisas que não se explicam. E este meu amor por ti, é dessas coisas: não se explicam, não se justificam - nasce-se, vive-se e morre-se com ele.  Amo-te, meu Portugal amado e adorado. Amo-te e orgulho-me de ser t

A dor e a saudade de mãos dadas

Não se passa um dia em que o esquecimento seja palavra de ordem. Posso esquecer nomes, um ou outro pedido, mas não esqueço as marcas profundas que a vida deixou na minha alma. Não posso esquecer, de maneira alguma, as dores que sinto, sem saber porquê, sem saber de quê. O mesmo se passa com a saudade. Todos os dias, todos os santos dias, a dor e a saudade dão as mãos e vêm passear no meu peito. Por vezes, disfarçam-se com um triste sorriso, em que a tristeza passa despercebida... mas há alturas em que nada me acalma, nada me deixa disfarçar a mágoa. Senti, no fundo da minha alma, o beijar da tua lâmina, fria e cruel, rasgando toda a minha tranquilidade. Desde então, esqueci-me o que é sentir a paz de quem ignora os males da vida.
Há coisas tão íntimas, tão nossas, que não devem ser faladas ou expostas. Num mundo como o actual, em que a sobre exposição é trendy, isso acaba por ser cada vez mais importante. E, assim, vai sendo no mundo, tal como na vida. Vivemos oscilando entre batalhas de valores, que mudam consoante o que temos.

Gostava

Gostava de decifrar o teu olhar. Gostava de decifrar o teu sorriso. Gostava de decifrar tanta coisa nesta vida, como se tudo fosse um simples e bonito enigma, mas há coisas que ficam apenas pelo desejo - acredito que há pessoas que são desses objectos de un certo desejo, mas que ficam por aí. Gostava de entender que marés te levam, que marés te trazem. Gostava de entender que mágoas vejo no fundo do teu olhar. Gostava de entender que mágoas queimam no fundo da minha alma, mas tem parecido algo impossível de conseguir.
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I am not good at bringing any news. I am not good ant making comments to what is happening around the globe. I am not good at talking about religion, neither politics. So I stick with making words related to my soul, to my thoughts, to my feelings. I am far from being OK. I mean, I am not hungry, I am not sick, but... My poor soul. My poor soul who feels this little too much, who goes down on the dark core of those thoughts (yes, yes, I know, over thinking doesn't helps). My poor who feels pleased to swim on the darkest and dirtiest swamps within the forests, within itself. Poor soul who enjoys a little bit too much to dance naked and alone, around a bonfire, almost as a ritual of witchcraft. I know. There are countless ways to surpass this: seek help, talk to someone, go out for a walk or for a run, go out and meet with friends. Go away. Just go away and leave me alone. And I'll be fine - or maybe not. I have been really melancholic and gloomy in thoughts in the later tim

Será que sabem?

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Será que sabes realmente quem sou? Será que sabes de onde vim, o que eu já fiz, o que eu já passei? Nunca poderei esquecer, mas poderás nunca saber. Pergunto-me muitas vezes, se valerá a pena desistir de tudo isto e mudar. Mudar o meu pensamento, face ao que já se passou, face ao que já se viveu, face ao que se deseja. E acho que não vale de muito, dado que não mudou o que sinto, nem o meu desejo de afastar-me. Afastar-me muito e cada vez mais. Afastar-me à distância de um braço esticado, de todo um oceano. E as coisas que não fazem sentido, não terão sentido para outros? E as coisas que uns ambicionam, teremos que ambicioná-las todos? Teremos que ser iguais ou similares para nos querermos bem? Teremos que desejar todos o mesmo, para que possa existir entendimento entre nós? Não sei o que é que me tem trazido preso a este sentimento. Não sei o que é que tem feito com me prenda a esta saudade de um passado cada vez mais distante, tentando abraçá-lo, tentando salvá-lo das águas negras e

Não interessa

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Não interessam os dias que passem. Não interessa como se preencham as horas. Acaba por ser um tédio imenso, este de viver numa busca constante, sem saber aquilo por que se procura. Não importa quão boas sejam as piadas. Não interessa o interesse das pessoas. Não interessam os sorrisos. Não interessam os dias de chuva torrencial ou de sol abrasador. Este tédio é imenso e é uma companhia de muitos anos e de muitos momentos a sós, em que as pessoas me rodeiam e eu sinto-me sozinho, morrendo lentamente, enquanto saboreio a vida. Lambo os lábios, como se provasse o mais delicioso dos néctares, mas é a vida que sabe bem. E sabe mal. Agridoce é o gosto da primavera e de cinzas na minha boca, na boca do meu ser, na boca da minha alma. Os dias podem ser calmos. O meu olhar sereno pode esconder uma imensa tempestade, lá dentro, no mais íntimo do meu coração. O tédio pode reflectir-se nos meus suspiros repentinos. Um dia calmo pode terminar na merda. Um dia de merda, pode tornar-se um dia excelen

Doce melancolia

Doce melancolia, Que me mata e consome aos poucos, que dentre tantos sentimentos, é o único que nunca me abandona, o mais entranhado na minha alma, no meu olhar perdido no horizonte, nos calmos suspiros, nas caminhadas loucas e sem rumo pelas ruas da minha cidade, na angústia que chega de leve, no silêncio da noite, na penumbra do meu olhar. Doce melancolia, Que me corrói, que não vai nunca, que fica no gosto do chocolate, no fumo do cigarro e nos jeitos tresloucados com que gesticulo pelos espaços.  Doce melancolia, Que me transporta para os sonhos mais doces, que me traz o amargo gosto da saudade, que me faz admirar a morte que o Inverno transparece, que me faz morrer face ao mar, em estranhas e incompreensíveis orações, à voz de Deus no canto marítimo na falésia que sonho e anseio.  Doce melancolia, Fica comigo mais um pouco.

Vivamos

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Já aprendemos isto, não foi? Já dissemos "até amanhã", sem que houvesse o amanhã para um de nós. Já imaginámos que teríamos mais um dia, mais uma semana, um mês ou um ano, sem que tal chegasse a haver. Viver implica muito mais que amar, rir, que pensar que cada dia possa ser o último. Viver, viver verdadeiramente, é nem sequer imaginar que aquele possa ser o nosso último dia. É nem sequer nos lembrarmos que possa não haver uma outra noite, que possa não haver um outro amor, uma outra gargalhada. Viver é rodearmo-nos de amigos e rir até doer a barriga, comer e beber, sentir tudo com toda a intensidade. Viver é bom e viver é lindo, mas viver e sentir, pode ser uma terrível maldição. Viver e saber o que se perdeu, não conseguir, não poder esquecer, pode ser uma das dores maiores que um pode ter. Já aprendemos muito, não foi? Continuemos a aprender. A querer. A desejar. A sonhar. A amar. A rir. A comer e beber, com os amigos, com a família. Continuemos a ser quem somos, não impor

Porque escrevo sobre o que não devia escrever

Há coisas sobre as quais já deveria ter desistido de escrever. Há coisas sobre as quais não falo, senão quando o assunto é puxado, como um bafo numa ganza. Há coisas que parecem que insistem em cruzar as nossas vidas, como se quisessem dar razão à opinião dos outros. No final de contas, acabo sempre por escrever sobre aquilo que deveria deixar quieto, porque há um comentário aqui ou ali, porque há quem há-de aparecer e perguntar por essas coisas. Antevendo o que acontecerá, adivinhando as minhas reacções interiores, escrevo. Escrevo muito. Escrevo para purgar a minha alma dos efeitos nocivos, daquilo que acham que é bem, que é por bem.

Sabes?

Sabes? Saberás? Alguma vez imaginaste, sequer? Eu pondero cada vez menos nas coisas. Quero é viver em sossego, longe de palpitações, longe de verdades, longe de mentiras. Quero, apenas, viver, sentir o vento na cara, sentir o calor de um fogueira no inverno, passar despercebido por entre as gentes. E, mesmo que me olhem, que não me vejam passar. Sabes? Eu queria tanto desta vida. Mas agora... só quero a quietude de um fim de tarde, lá numa aldeia remota, distante de tudo isto, de toda esta vida da cidade, de toda esta existência cheia de loucura, palavras, olhares, sorrisos. O mar bate na areia. No meu imaginário, será nas rochas, lá em baixo, da falésia, enquanto o horizonte se funde com o vasto oceano. E serei eu, o mar e o vento.

A sós, a ouvir música, a apreciar a solidão

Ouço a música (Lisa Gerrard "Redemption II"). Estou sentado no sofá, a fumar um cigarro. Aprecio este momento a sós. Como se nada mais houvesse no mundo, senão eu, a voz de Lisa Gerrard e o meu cigarro. A sensação solitária. Agridoce. Precisava de mais. Queria mais. Até que esse mais começou a parecer demais e reduzi-me a isto, a estes instantes a sós, de música que só eu sinto, que só eu compreendo, lá bem no meu íntimo. Queria mais. E, como se se passassem séculos, milénios por mim, tornei-me numa dessas estátuas que duram séculos, milénios, escondidas pelas areias do tempo, longe de olhares alheios. Uma cruel realidade, de um tempo há muito ido, há muito esquecido. Ouço e sinto a música. E, perante ela, sinto-me reduzido à insignificância da minha prisão de carne, que dizem ser um corpo, onde habitam milhões de células, reacções químicas, sentimentos e o raio que parta tudo isto. Estou a sós. Aprecio estes momentos. Aprecio esta solidão.

Podia estar a escrever da rua

Poderia estar a escrever isto da rua, de onde acabo de chegar. Poderia estar a escrever de um dos cantos escuros, por entre discussões ou conversas mais altas. Não prestar atenção ao que se passa à minha volta. Mas isso seria demais. Tenho ganho uma renovada confiança, sob vários aspectos. Olhar fixamente as coisas. Observar. Atingir um estado quase distante, mas presente. Manter o foco. Conversar ou escutar e observar do meu canto. Absorver os seus comportamentos, como o álcool os faz agir. Antes, chegava a ter medo. Hoje em dia, sou parte daquilo. Antes, temia mais. Hoje, estou consoante. Soubesses como eu vejo e como eu sinto. Soubesses como, sob aquela fragilidade toda, existe algo mais forte, que face ao receio, enfrenta as noites de frente e muito do que receou. Hoje, queria que me visses, orgulhosamente, em meio a toda a confusão. Impávido e sereno, absorvendo os gostos da noite. Receios de outros dias, ainda são existentes. Ainda são uma realidade dentro de mim. Mas estou firme

Conversas

Olá. Está tudo bem? Espero que sim. Espero, mesmo. Que tens feito? O de sempre? Casa, trabalho; trabalho casa? Isso é mau. Mas eu também não mudo muito as coisas. Practicamente, só tenho saído à noite, para trabalhar no café. Pois. É fodido. Bem, xau. Até amanhã. Serão estas as minhas futuras conversas?

What's wrong with me?

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What is wrong with me? What's wrong with how I am feeling? What's wrong with me tonight?  My soul aches, in many different ways possible, but I still don't know why. I still have no idea what brings me to such a mood, what makes me stop in the darkest corners of my mind and of my soul, staying there and touching those old ghosts, embracing them with dry, yet painful, eyes. From times to times, I come back to such doubts, to such pain, to such desires. I'll go to the window, after writing this text, I'll light up a cigarette and look to the same old buildings, the same old starry sky, full of the same old doubts, full of the same old bullshit. I know it's pretty useless, because things won't change, unless I try it hard to make such changes happen.  OK. OK. I feel like I'm not making sense. I feel. Therefore, I think and I think a lot. Too much. It can be overwhelming, the way those feelings affect me. I feel. And what I feel is painful. So m

Será que me lês?

Será que me lês e é por isso que te preocupas? Será que me lês e por aí falas as coisas que falas? Será que me lês, sequer?

Em ilusão

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Tens-me elevado. Mas quem és tu? De quem escrevo? Para quem escrevo? Será para ti que lês? Será para ele, que vive livremente, sem sequer pensar que eu existo? Tens-me elevado. E eu escrevo. Escrevo, porque escrever equilibra-me nestes dias, em que estou desiquilibrado, em que é mais forte a vontade de correr as noites, de silenciar o mundo, calar o que se pensa. Tens-me elevado, mas mesmo assim, não elevas a alma, a ponto a que ela não se feche, para que ela não se deseje escuridão e posterior esquecimento. Tens-me feito bem, mas eu não consigo sobrevoar essa floresta negra, tão negra, sem ter que percorrê-la - dor e amargura, escolho caminhar pelas ruas da minha cidade, enquanto se eleva a escuridão dentro de mim, a névoa que te envolve. Prefiro percorrer a minha aldeia, a mata, a conhecer. A conhecer gente nova, a dar de mim a gente nova. Prefiro o silêncio do cemitério, à força infindável desse olhar, ao bater do teu coração. Ou do coração dele? Ou ao coração de quem quer que seja?

Sonho

Sonho. Sonho com terras distantes, com outros tempos, com outras eras. Sonho com palácios e com sombras de cortinas esvoaçantes, dançando com o vento que chega do deserto. Sonho. Sonho com os corpos nus, dançando pelas alas dos palácios. Dançando ao ritmo da música que chega de lá de fora, dos músicos da cidade, das músicas do mesmo deserto, que passei a vida a sonhar e a amar. Sem saber. Sem querer saber. Sonho. E enquanto vou sonhando, vou perdendo a esperança. Porque enquanto sonho, sonho contigo. E enquanto quanto sonho contigo, vais vivendo a tua vida, longe, cada vez mais longe. Sonho. E escrevo. Escrevo por mim, para mim; vivo no desejo, vivo no sonho. E há verde dum lado, deserto do outro e, algures, encontra-se o mar. Tu. E eu. Cada um do seu lado, mas é o mar que me chama, é o mar que ama, é deserto em que me perco. É no deserto que me perco, nos meus sonhos, é no verde da mata que caminho à toa, é junto ao mar, ouvindo a sua canção, que entôo orações silenciosas, como se fos

Não sei

Não sei já: por onde andei, quem amei (ou se amei), se tenho a alma aberta, se sonhos há por que valha a pena lutar. Não sei o que dizer, não sei o que escrever. Só sei que sinto. Sinto muito e, no meu rosto, fica a seriedade de um dia de Inverno. Amanhã é um novo dia. Daqui a pouco, tenho que ir trabalhar. E levo, dentro de mim, a certeza de que não sei. E de crer que nunca saberei.

Ilusão

Até que nos apercebemos de que não passa de uma ilusão.

Ainda não faz sentido

Ainda não sei. Não sei. Parece. Deixa de parecer. Depois, parece uma vez mais. Passam os dias. E sem saber o que se passa, traço gestos vagos pelo espaço do quarto. O fumo do incenso, dança à passagem da minha mão. Ainda não sei. Não sei qual é o propósito desta vida, qual é o propósito de estar aqui. Neste momento, o propósito é preparar-me e sair para trabalhar. Os devaneios, os pensamentos, podem aguardar umas horas. Podem demorar-se, enquanto lavo loiças e atendo o público. Ainda não faz sentido.

Unexpected

I didn't expected that. Neither your sudden appearance, nor your proposal to smoke a joint. Through that experience, I did not expected your excitement for smoking with me. I didn't expected either our conversation. Your questions. Or even your words, your sweet, kind words, trying to make me feel good. I didn't expected, buddy, that it turned out to be such a spiritual thing without entering on spiritual levels. And yet, you've made it. You've gone deep within my thoughts, my beliefs, touching on issues that I am always avoiding. For the very first time in a long time, you've asked questions that left me uncomfortable, that made me think what would have I chosen on different days, you've made me think... Think on so many things, that I avoid to think on. It's been messing with me. It's been messing with my mind. And although it's good that I am forced to think and to feel uncomfortable until it becomes comfortable again, it's not good on m

Atordoamento

Aquele raro momento, em que me deixam atordoado com o que me dizem. Em que me deixam atordoado com as perguntas que me fazem. Em que vou a ler qualquer coisa e não consigo concentrar-me. Aí está qualquer coisa, que não acontece todos os dias...

Nostalgia

A nostalgia de ser o que fui, do sentir o que senti.

Deleite

O meu coração deleita-se com  textos e músicas lindos  e com as  mãos deitadas no focinho de alguns , mesmo nas horas certas.

I keep running. I keep hiding.

I'm still running. I'm still hiding. There are no reasons to run away, there are no reasons to hide, but I still do so. One. Two. Three. I look away and there's nothing I can see. I'm still running away. I'm still hiding away. And while I run, and while I hide, I look for the immense danger, I look for the immense adrenaline. I want him, one more time; him, who have had the pleasure of my body; him, who after pissing me off and making me telling him to stop and forced me to take him inside of me. I want to feel him, one more time... two more times... I want to feel and the lust and the madness of a full moon howling, in the streets of the city. I walk down the dark and cold streets (I'm glad that I've mentioned them) and I look back, after listening to what seemed like a weep. Cats fighting or breeding a few more of them. They make strange noises, in the dark and cold streets, while they face each others. And I look back, because it might be the kil

Uma personalidade fragmentada

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Não sei porque insisto em fazer leituras, antes de escrever. Atrofia-me a cabeça toda, deixa-me sem saber o que escrever ou esquecido do que ia escrever. Não sei para que insisto.  Fui descobrindo um ou outro blog, lendo aqui e ali, coisas de que gosto, coisas de não gostei tanto. Fui descobrindo novos bloggers, novas maneiras de ver as coisas, de agir e pensar face a elas. E isso tem sido bom, refrescante. Mas não preenche um vazio, que venho sentindo de há uns tempos para cá. Vazio esse, que tem-se reflectido das mais variadas formas.  Hoje, pensei no curioso desdobrar da minha personalidade. E o melhor para com isso, tem a ver com o Twitter e com o Tumblr. Tenho duas contas de cada, uma que poderia ser dita "normal", só que quem pode definir o normal? Entretanto, por outro lado, tenho outra orientada à pornografia gay. E tenho visto que, nestas últimas, sou muito mais cru, muito mais verdadeiro, muito mais intimista, do que naquilo que chamaria de "normal". Talve

Os jogos e a vida

Eles acham-se mais. E acham-se melhores. Contudo, em jogos que são de pares, que se jogam calados, quando o teu parceiro dá a entender o jogo que está a fazer ou em que oferece, constantemente, o jogo aos adversários, torna-se difícil de conseguires evoluir. O mesmo acontece com a vida: aqueles que devem ajudar-te, continuam a puxar-te para baixo, logo torna-se difícil de conseguires erguer-te!

Rancor

Ando a guardar pequenos rancores de gente, por cenas mínimas, que ainda provoca. Talvez não valha a pena, mas sou assim.

Censura

Desculpem lá qualquer coisinha, sim? É que há merdas que me dão uma comichão do caralho e, como rôo as unhas, não consigo coçar. Escrevi esse texto, depois de alguma ponderação. Ponderei se o fazia, se não o fazia e pensei: "para o caralho com isto, vamos lá escrever  esta merda ". De modo que, sim, escrevi isto, porque anda muita hipocrisia neste mundo. Mas também existem muitos que falam bué e não fazem um caralho, ou que são burros como uma porta e mostram-no ao mundo. A censura está viva, de saúde e, parece-me, recomenda-se.

Your (still) poetry!

I see you're still there. I see you still choose to write your poetry and throw your beautiful soul to the fire, as they dance around the essence, as they dance around such fire. I hope they keep coming. And while they do, I know you are alive and that you're still feeling. And that's a sign. That's a good sign. Thank you so much, Ayujaded!!

O teu olhar

Todos os dias, todas as noites, receava as ruas da cidade, porque o risco de passar por ti era enorme. Hoje, sei que o simples pensamento de ti, pode atrair-te... e mesmo mais tranquilo, ainda penso em ti, na ânsia de ter um vislumbre do teu olhar.

P'ra lá de mim

Há, p'ra lá de mim, todo um turbilhão de emoções. E adivinho-te no rosto, a marca da tristeza, da mágoa. Magoa-me? Porque haveria? A minha mágoa vem de mim, de dentro da minha alma. Bem no âmago do meu ser, existe aquela angústia que não me canso de remexer, que não me canso de abraçar. Adivinho-te no rosto, o sorriso de quem recebeu algo especial. Adivinho-te a tristeza no olhar. Traço, pelo espaço imaginário da minha alma, um gesto lento, como de pretendesse abraçar o mundo, como se pretendesse afastar todo o mundo. Não há palavras que descrevam estas emoções: podem chamar-lhes poesia, loucura... tanto faz. A vida é um nunca mais acabar de ilusões, a quem se pede mais e mais a cada vez que passa. E eu adivinho-te no olhar adivinho mágoa. Há, p'ra lá de mim, todo um mundo de coisas inomináveis. E tu não me adivinhas a angústia na alma.

Sobre princípios

Parece que ficam muito admirados (ou muito ofendidos, não sei bem), por estar confortável comigo mesmo. Por estar de bem com a pessoa que sou, por não fazer exclusão de partes, quando há problemas entre duas pessoas com quem me dou, mas que não me envolvem a mim. Recordo-me de, há largos anos atrás, tentarem fazer-me escolher entre amigos, com uma amizade de alguns anos, e duas pessoas recentes, à altura, na minha vida. Aconteceu que decidi ficar com ambas as partes e isso foi um desagrado. Nunca pensei propriamente em quais seriam os meus princípios de vida, mas acabei por reger-me por um qualquer código, por uma qualquer conduta, que, mesmo sem muito pensamento sobre ela, atraiu muito respeito de muita gente. Hoje, mais que nunca, tenho a certeza de quem sou, do que quero e do que não quero para a minha vida, mesmo que não haja um verdadeiro pensamento sobre o assunto, mesmo que não tenha sequer ponderado o que é que eu via como uma regência de vida. E, mais que nunca, sinto-me certo

Entretém

Como é que se entretém alguém, cuja noite foi de insónia, após ter chegado tarde a casa? Mete-se a ler novos blogs, a seguir autores que lhe tenham agradado e a divertir-se com o drama que algumas pessoas criam. No fundo, batem com a mão no peito e parecem bruxas, aparecendo ao mínimo mencionar de seus nomes. Felizmente, não me entretenho a criar drama, mas posso sempre divertir-me com a estupidez alheia.

Too much drama, madness and the need to enjoy myself

It doesn't matters where else do I write. It doesn't really matters where else have I written before - for a long time, I have been writing here, on this blog and this has been said, by myself, as being my origin as a writer of blogs. It's not my intention to be famous. It has never been. I have always written to myself, for myself and no one else. I have a  blog  in Portuguese, that came as a joke of a friend of mine and it feels really good and really therapeutic to write in my mother language. However, it doesn't feels enough. It's never enough and after a few years of writing there, I have decided to get myself another blog, on a Portuguese blogging platform. There, I came to see some neat blogs and it's a pleasure to read what some people have to say. There, I came to see some bloggers to which I feel connected, because of the darkness within them (e já não me sinto tão só! ). Also there, I came across some drama, of so called bloggers who seem to have not

As coisas são bem melhores

Sabes?,  as coisas são bem mais do que isto, as coisas são bem melhores do que isto. Um dia de merda é um dia de merda e pouco se pode fazer, senão sorrir, mesmo quando parece impossível. Levanta a cabeça, mete aquele sorriso no rosto, ainda que não mostres os dentes e que pareça provocador. Um dia de merda, não invalida que seja outro dia. E, depois de tudo o que já se passou, sabes que é uma bênção.

Queria escrever. E não consegui.

Sei lá. Talvez devesse não escrever. Mas sinto que há palavras presas, revolvendo - se dentro de mim, a querer sair à força. Preparo - me para escrever e as palavras ficam quietas. Como se apenas quisessem incomodar. Acho que devia dormir.

Um estranho sentimento

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A música fala por si. A música diz tudo. Ana Moura, fez uma maravilha neste Fado. A música tem destas coisas. Destas coisas engraçadas, sabes? Especialmente quando te toca, na alma, bem dentro de ti, quando te leva ao sentimento mais íntimo de ti mesmo. Não tenho escrito o que deveria escrever. Contudo, uma noite de música brota, de mim, certas palavras, certos sentimentos, que julgava mortos ou adormecidos, pelo menos, há bastante tempo. E aqui fui ficando, sentindo, sofrendo intimamente, sentindo que é uma bênção estar só, pois não me perguntarão o que sinto, o que me vai no coração (um enfarte?), dada a transparência no meu rosto. Passa - se bastante tempo antes que consiga escrever, após uma paragem, forçada pela falta de palavras. Ou pela falta de... conhecimento, sobre como irei exprimir o que me vai aqui dentro. Mas quando recomeço, torna-se quase uma compulsão, mesmo que possa não ter nada de jeito a escrever.  Perdoa - me se não te escrevo, que tanto te quero e não tenho senti

Men

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Fado bloqueado em Portugal

Aos senhores do YouTube, que criam os Tópicos de certos artistas, como é o caso de Fadistas, neste caso específico, de Lucília do Carmo, acho que só as pessoas intelectualmente capazes deveriam tratar desse assunto. Porquê? Porque há Fados bloqueados ao País (?), o que me impede de ouvir os Fados que quero. No lançamento do CD "Amália: As Vozes Do Fado", não sei se se passou o mesmo caso, do bloqueio das músicas ao país ou se simplesmente retiraram as músicas, mas caso as músicas tenham sido bloqueadas ao país, acho uma estupidez sem qualquer nível de desculpa, visto que o Fado é música de Lisboa, conhecido por ser de Portugal, actualmente Património Imaterial da Humanidade e, justamente no seu País, na sua Pátria, é que os Fados estão bloqueados. Escrevo este texto em forma de protesto, no Blogger (que pertence à Google, tal como o YouTube), para demonstrar o meu descontentamento com isto, que pretendo partilhar quantas vezes forem necessárias. Utilizarei e utilizo as vossa

Domingo

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Estou a escrever à toa. Escrevo porque sinto necessidade de escrever, ainda que possa não ter muito a dizer. Chove lá fora. A noite foi passada em claro, a navegar na net, pela falta de sono, a beber um caneca de litro de chá e a conversar com estranhos na Net. Neste momento, penso naquilo que planeei fazer hoje: não é bem um nada, mas planeio não sair de casa mesmo, senão para ir beber café com a mãe e com a tia. Espero fazer um doce qualquer, mas, tirando isso, penso em ficar a escrever as cartas que tenho adiado constantemente ou a recomeçar a ver American Horror Story no ponto em que deixei a série. Para que saia de casa hoje, sem ser pelo motivo enunciado, será preciso uma proposta muito boa, daquelas que, por vezes, já têm chegado nas noites de Domingo.  Estou cansado e estou farto de muitas situações desagradáveis. Estou farto de gente de merda. Ou de gente, no geral.

Mais vale ficar pela sombra

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Nada como, após um sermão, ver o "pregador" a falhar, a pecar da mesma maneira de que decide acusar-nos.  As pessoas agem de determinada maneira. Cada pessoa é como é. Mas, por outro lado, como bem disse alguém que, em termos morais, é outra falha, as pessoas agem contra quem sabem que podem agir. Face a outros, baixam os olhos, baixam a cabeça.  Começo a achar - ou já o acho há imenso tempo, mas é difícil de não fazê-lo - que deveria tentar controlar os meus impulsos de pensar alto. Acho que isso já me colocou numa ou noutra situação constrangedora, ainda que o não tenha percebido. Começo a achar que, na verdade, ficar na sombra não é tão mau quanto isso. Já o percebi, aliás, há bastante tempo e, durante esse tempo, tenho aprendido coisas valiosas. É deixar passar e deixar agir - mais vale cinco pedras na mão, prontas a atirar, que cinco pedras atiradas a nós.

Photographs and what nots

I used to love to photograph stuffs. Even with the weakest of the cameras, I uses to hold some memories so close to the screen of a computer or so close as to a physical photography. I don't photograph that much nowadays. In a world where everyone has a camera in their phones, it feels strange and awkward to start photographing the world or even the people around me. Or maybe, I don't have the right people around me to photograph people. Or the surroundings aren't exactly the ones I'd like to have in a memory. During my life, I also used to make some X-rated photographs and videos of myself. Nowadays, whenever a picture of that is taken for " sexting " or even for a special thing , I get those pictures deleted. Don't ask me why, especially with so many males (and even females), who keep those kinda pictures on their phones, on their Twitters or Tumblrs, but if feels awkward, the same exact way it feels awkward to photograph the world around me. I have n

Vazio de palavras

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Sem palavras que descrevam um estranho estado de espírito.

Um comentário eliminado (e um texto muito necessário)

Hmm. OK. Como é que se escreve isto? Como é que se faz isto? Deixem - me cá pensar... (e se não fizer sentido para ninguém, também não faz mal) Tinha escrito um texto, que acabei por eliminar, porque achei que, bem lá no fundo, não importava. Ou não valia a pena. Contudo, parece - me que foi um erro crasso ter eliminado aquele texto. Começo por comentar esse comentário que rejeitei - decidi, há vários anos, moderar os comentários de todos os meus blogs, devido aos comentários de Spam, o que acabou por tornar - se muito conveniente. Quanto à sua pergunta, seja ou não, não é algo com que tenha de preocupar - se, minha senhora! E chamar quem quer que seja de querido, não é implícito do que seja. Face ao texto que eliminei, tratava - se mesmo de guerras entre bloggers. Leio quem eu quiser, comento o que eu quiser e os autores dos textos aceitam ou rejeitam os meus comentários quantas vezes quiserem. Afinal, os Blogs não deixam de ser cantos pessoais, por muito que estejam inseridos no domí

Fado e um cigarro

As gentes não sabem. As gentes não entendem. Acho que as gentes já não querem saber. O Fado toca. E eu fumo um cigarro. Só mais um. Deixei de dever justificações a quem quer que fosse, há bastante tempo. Ainda assim, eles tentam. Ainda assim, eles querem prevalecer - sem sucesso. Fado e um cigarro. Nada melhor para uma noite fria, em que se sente, sem dor e sem mágoa. Em que se sente, sem que as gentes entendam, saibam ou queiram saber.

Qual é o sentido?

Às vezes, pergunto-me qual é o sentido de algumas coisas. Depois, penso numa só palavra: pessoas! E as coisas fazem sentido, sem nunca o fazerem verdadeiramente.

Blogs Portugal

Através dos blogs do Sapo, descobri a plataforma do Blogs Portugal.  E o que é esta plataforma? Não a conheço bem o suficiente para comentá-la, mas, pelo que entendi, essa plataforma serve para registar os blogs (mais do que óbvio), para ganhar leitores ou descobrir novos blogs para ler. Do pouco que pude explorar, existe, também, a possibilidade de ganhar um certo dinheiro com isso, tal como quando se usa o AdSense do Google, em que cada clique nos anúncios, por parte dos leitores, gera um certo fundo, que, a partir de um certo valor, pode ser levantado ou depositado na conta bancária. Não sei se será o caso de todos os anúncios, nem de todas as plataformas, que, neste caso, será a Blogs Portugal.  Bem, já tinha submetido um ou outro dos meus blogs nessa plataforma, mas sem nunca efectuar qualquer registo. Hoje, pela primeira vez, decidi tentar registar-me por lá, através do Facebook. Não fiz mais nada, sem ser explorar o site e, muito sinceramente, quis eliminar a conta e não encontr

It hasn't been a good night (it's been a while)

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I have written a bit tonight. Right at the beginning of the day, here I am, still awaken and putting some words down in my blogs. It has been a while. My soul hasn't been properly into writing, lately. There have been too many things going on, especially through the last year, that one we barely left behind and almost one month has gone. Yesterday, hasn't been exactly a good day. I woke up in a bad mood. I have written about this already, on another blogs, but it would have been my grand dad's birthday, if he was alive. A happy and remarkable day for me, until it was replaced by the emptiness of his death, back in 2010. When these days pass by, I always catch myself wondering if this is what life has to give us: a bit of joy, a bit of satisfaction, but then... Nothing else, but death, emptiness, sadness... We have some happy moments, but that's all about: little happy moments, until they're taken from us, as a child's taken from his mother's arms. I get

Fica

Tenho tido uns sentimentos de culpa, face a estes meus blogs. Tenho escrito tanto (ou tão pouco) lá em sítios novos, que tenho mesmo descurado este cantinho. E aquele cantinho, onde escrevo há tanto tempo. Escrevo tanto. E escrevo tão pouco. Hoje, queria escrever sobre uma imensa vontade de chorar, o vazio da morte, datas felizes que se tornam em datas vazias, tristes. Mas sinto-me incapaz de o fazer. Tenho-me questionado sobre se é desta que eu "seco". As palavras são escassas, ainda que o sentimento seja imenso. Talvez devesse tentar regressar às origens e desenhar, ainda que saia algo abstracto e sem valor algum, senão o sentimental (quem me conhece bem, sabe que não tenho grande apreço pelo abstraccionismo, mesmo em vertentes artísticas. ) Sinto que deveria fazer qualquer coisa para mudar a vida, para mudar esta imensa e constante insatisfação, mas mantenho-me, como um cão amestrado, a quem ensinaram a sentar e a ficar. E eu vou ficando.

Deixar fluir a minha essência

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Chega de andar a divagar. Tenho que ser mais directo, mais verdadeiro, mais cru. Tenho que deixar-me das máscaras de ser um menino bem e deixar fluir a verdadeira essência da minha alma, em toda a sua vertente. Que se dane qualquer vulgaridade, que se foda qualquer olhar reprovador. Tenho negligenciado estes blogs, em prol de uma outra experiência, que não tem sido das melhores. Quando se começa a pensar em "oferecer" a escrita a outros olhares, é fácil beijar o deslumbramento e dançar com a ternurenta mentira, até que nos recordamos de quem somos e de porque fazemos o que fazemos. Então, perde todo o sentido aquela busca. Tenho regressado, calma e serenamente, a estes cantos, onde nem sempre faço partilhas de textos, mas onde sempre deposito a alma. Tenho dado muita atenção àquele outro cantinho, mas que necessita de certas melhoras. Tenho negligenciado tanta coisa. Face aos últimos tempos e à minha crescente insatisfação, mais não seja por dignidade e um pouco de amor própr

Never enough

I have been searching for something. I am always searching for something, I am always looking for something, eventhough it seems I am never able to find what I am looking for. It doesn't matters! It has been a while since I have written anything here. And eventhough I am trying to put some lines on here, I am still not sure of what I want to write about. I have started a new blog, last year, that has been deleted and restarted. Doesn't it sounds crazy? It's there and I try to write something daily and I never cease to amaze myself on the amount of shit I write. And yes, it is literal shit, although the users of the same platform say that they love my writings, that they can feel what I feel, that they can feel their own life and their own thoughts in my words. However, it's not enough. It' never enough. I can't stop thinking about that time that I have decided to edit my diaries - they have had too many pages and lines and thoughts thrown to the garbage. Th

Algum dia...

Algum dia, tudo isto fará sentido. Aquilo que sinto, aquilo que desejo, aquilo que procuro, a caça que pratico... Algum dia, fará sentido toda esta loucura... Algum dia, entenderei porque quero o que quero e porque fujo. Porque fujo de outros, porque fujo de ver e conhecer gente nova. Algum dia, entenderei porque prefiro as ruas ao calor de um abraço (talvez porque, eu e a rua, sejamos irmãos), porque prefiro a minha própria companhia à solidão de gente que, por muito que tente, não me entende. Algum dia, entenderei porque escolho sempre as trevas. Ou por que é que sou filho delas. Algum dia, entenderei a verdade desta existência que muitos apelidam de triste - se bem que, dos outros, não espero nada, nem reconheço as opiniões ao meu estilo de vida. Há muito que deixaram de ter impacto na forma como me sinto ou como me vejo, há muito que deixei de reconhecer-lhes o direito de opinarem sobre a minha vida, especialmente assumindo o mal que dizem nas minhas costas - aceitá-los como juízes