Será que sabem?
Será que sabes realmente quem sou? Será que sabes de onde vim, o que eu já fiz, o que eu já passei? Nunca poderei esquecer, mas poderás nunca saber.
Pergunto-me muitas vezes, se valerá a pena desistir de tudo isto e mudar. Mudar o meu pensamento, face ao que já se passou, face ao que já se viveu, face ao que se deseja. E acho que não vale de muito, dado que não mudou o que sinto, nem o meu desejo de afastar-me. Afastar-me muito e cada vez mais. Afastar-me à distância de um braço esticado, de todo um oceano.
E as coisas que não fazem sentido, não terão sentido para outros? E as coisas que uns ambicionam, teremos que ambicioná-las todos? Teremos que ser iguais ou similares para nos querermos bem? Teremos que desejar todos o mesmo, para que possa existir entendimento entre nós?
Não sei o que é que me tem trazido preso a este sentimento. Não sei o que é que tem feito com me prenda a esta saudade de um passado cada vez mais distante, tentando abraçá-lo, tentando salvá-lo das águas negras e geladas do lago da vida. Como se quisesse abraçar o cadáver do que já fui.
Será que sabem o que já fiz a mim próprio? Será que sabem o quanto desejei a morte, o quanto brinquei com ela? Será que sabem quantas lâminas fizeram carícias aos meus brancos braços, pernas, ombros? Será que sabem quanta dor procurei, para me aguentar? Será que sabem quantas mágoas calei (e ainda calo)? E quantas vezes fui criticado por expor o que me magoava? E por esconder o mesmo?
Vale-me mais manter o afastamento. Vale-me mais a distância de ti, quem quer que sejas, vale-me muito mais a força do isolamento, o endurecimento da alma, por não ter para onde se virar, para onde se esconder. Vale-me tão mais isto, estes recantos próprios, controlados, em que entra quem quero, que vêm o que quero, se quero ou quando quero. Vale-me mais ser só, sem mentiras, nem enganos. Vale-me muito mais ser feliz por conta própria.
Pergunto-me muitas vezes, se valerá a pena desistir de tudo isto e mudar. Mudar o meu pensamento, face ao que já se passou, face ao que já se viveu, face ao que se deseja. E acho que não vale de muito, dado que não mudou o que sinto, nem o meu desejo de afastar-me. Afastar-me muito e cada vez mais. Afastar-me à distância de um braço esticado, de todo um oceano.
E as coisas que não fazem sentido, não terão sentido para outros? E as coisas que uns ambicionam, teremos que ambicioná-las todos? Teremos que ser iguais ou similares para nos querermos bem? Teremos que desejar todos o mesmo, para que possa existir entendimento entre nós?
Não sei o que é que me tem trazido preso a este sentimento. Não sei o que é que tem feito com me prenda a esta saudade de um passado cada vez mais distante, tentando abraçá-lo, tentando salvá-lo das águas negras e geladas do lago da vida. Como se quisesse abraçar o cadáver do que já fui.
Será que sabem o que já fiz a mim próprio? Será que sabem o quanto desejei a morte, o quanto brinquei com ela? Será que sabem quantas lâminas fizeram carícias aos meus brancos braços, pernas, ombros? Será que sabem quanta dor procurei, para me aguentar? Será que sabem quantas mágoas calei (e ainda calo)? E quantas vezes fui criticado por expor o que me magoava? E por esconder o mesmo?
Vale-me mais manter o afastamento. Vale-me mais a distância de ti, quem quer que sejas, vale-me muito mais a força do isolamento, o endurecimento da alma, por não ter para onde se virar, para onde se esconder. Vale-me tão mais isto, estes recantos próprios, controlados, em que entra quem quero, que vêm o que quero, se quero ou quando quero. Vale-me mais ser só, sem mentiras, nem enganos. Vale-me muito mais ser feliz por conta própria.
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