Há amores que não se explicam

Não me interessa o que pensem, o que digam. 
Não me interessa quantos cães ladrem ou quanto filhos da puta cuspam no teu nome (pena que não posso matá-los).
Não me interessa o que achem. 
Posso não ser daqueles teus filhos ideais. Posso não saber de toda a tua História, posso não recordar-me dos dias importantes, posso não ser mais que um grão de areia... 
Não me quero longe de ti. Não me quero afastado de ti. 
Queria ser poeta e transformar-te num poema que durasse pela eternidade. Queria ser algo mais, algo maior nascido de ti, criado por ti e para ti, servir-te num bem muito maior. Queria declamar este meu amor, gritá-lo a todo o Universo, que todos soubessem o teu nome, que todos te olhassem com reverência, que baixassema cabeça ao ouvirem ou ao pronunciarem o teu nome. 
Há coisas que não se explicam. E este meu amor por ti, é dessas coisas: não se explicam, não se justificam - nasce-se, vive-se e morre-se com ele. 
Amo-te, meu Portugal amado e adorado. Amo-te e orgulho-me de ser teu filho, não importa quão imperfeito eu seja. 

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