Tu não fazes ideia, pois não?!...

Não existe ninguém. Não se alegrem.
Escrevo pata descomprimir. Escrevo para acalmar o espírito que nunca se acalma. Escuto e partilho músicas de que gosto (fados, neste caso). Não tem que ter um significado especial, nem tem de haver alguém por detrás das minhas partilhas musicais.
Mas tu não fazes ideia disso, pois não?! Assim como não tinhas ideia do quanto eu estava a gostar. Do quanto eu estava pronto a deixa cair esses muros. Mas é assim a vida... um dia de cada vez, uma mentira de cada vez.
Será que alguém faz ideia da verdadeira dimensão da minha alma? Ou da minha visão enegrecida deste mundo e desta vida? Será que alguém faz a mínima ideia do que custa ser como eu? Do quanto custa sentir as coisas cem, mil vezes mais fortes do que elas realmente são? Será que sabem o que é esta febre de sentir e de criar para acalmar a alma e o sentimento?
Tu não fazes ideia, pois não?
Tu não fazes ideia do que é escrever para tentar aceitar-me a mim mesmo, fazes? Escrever para tentar compreender-me? Escrever para tentar esquecer uma noite de discotecas, enquanto desejava uma ganza e um fado, como se fosse o meu ar? Tu não fazes ideia, pois não?
Será que sabes o que é tentar corresponder a todas as expectativas? Será que sabes o que é ser uma falha aos olhos de todos e, pior ainda, aos meus próprios olhos? Será que sabes o que é, sabendo que não tenho que justificar-me perante ninguém, tentar fazê-lo? Tentar fugir às peruntas e aos olhares interrogadores?
Tu não fazes ideia, pois não?

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