Tenho saudades - devaneios!
Tenho saudades do mar. Saudades do mar que canta, que bate na areia, como se me perseguisse. Teho saudades de rir, ao fugir sozinho das ondas, aceitando a brincadeira do mar e brincando com ele. Tenho saudades do mar que ouve os meus desabafos e chora comigo e do mar que bebe das minhas lágrimas, com as quais banha todo o mundo.
Tenho saudades de sentir receio das ruas escuras, ao invés de encará-las com tanta naturalidade, como se fosse filhos delas. E aqueles que passam de carro, que páram, pedindo uma mortalha ou qualquer coisa mais... tenho saudades de receá-los.
Tenho saudades de algo de que nem me lembro: de ser feliz e rir naturalmente. Tenho saudades de um momento de paz.
Tenho saudades...
Tenho saudades da minha terra e da minha gente.
Quando morrer, o que restará de mim? Quando morrer, o que é que ficará de mim neste mundo? O que restará de velhas conversas, de momentos parvos de brincadeiras ou de horas de sexo? Do arafat que enrolo à volta do pescoço, cujas franjas balançando ao vento me fazem fantasiar?
Quando morrer, dos meus pensamentos, o que restará? Velhos diários e rabisos em cadernos estragados? Velhos versos e velhos desenhos, nos quais ponho todo o meu coração? O que dirá tudo isto de mim? Como é que retratará a minha vida, os meus momentos e os meus pensamentos? E o desejo? Eu que receio deixar uma imagem errada de mim...
Cinzas ao vento. Que seja cinzas ao vento por toda a eternidade.
Tenho saudades de um momento de segurança, em que não importe todo o mundo lá fora. Do Casal das Donas que não conheci e daquele que etou a ver a morrer. Da velha Lisboa e da Lisboa de hoje. Sintra. Pessoas. Ganzas. Momentos.
Em quantas horas em tenho os mesmos pensamentos e quão mais fortes ficam, de dia para dia, de momento para momento.
Eu queria ser uma estátua num jardim, mutilada pelos anos que já viu passar, sem que qualquer mutilação, mentira ou ano que passe me causassem qualquer mágoa.
Tenho saudades de sentir receio das ruas escuras, ao invés de encará-las com tanta naturalidade, como se fosse filhos delas. E aqueles que passam de carro, que páram, pedindo uma mortalha ou qualquer coisa mais... tenho saudades de receá-los.
Tenho saudades de algo de que nem me lembro: de ser feliz e rir naturalmente. Tenho saudades de um momento de paz.
Tenho saudades...
Tenho saudades da minha terra e da minha gente.
Quando morrer, o que restará de mim? Quando morrer, o que é que ficará de mim neste mundo? O que restará de velhas conversas, de momentos parvos de brincadeiras ou de horas de sexo? Do arafat que enrolo à volta do pescoço, cujas franjas balançando ao vento me fazem fantasiar?
Quando morrer, dos meus pensamentos, o que restará? Velhos diários e rabisos em cadernos estragados? Velhos versos e velhos desenhos, nos quais ponho todo o meu coração? O que dirá tudo isto de mim? Como é que retratará a minha vida, os meus momentos e os meus pensamentos? E o desejo? Eu que receio deixar uma imagem errada de mim...
Cinzas ao vento. Que seja cinzas ao vento por toda a eternidade.
Tenho saudades de um momento de segurança, em que não importe todo o mundo lá fora. Do Casal das Donas que não conheci e daquele que etou a ver a morrer. Da velha Lisboa e da Lisboa de hoje. Sintra. Pessoas. Ganzas. Momentos.
Em quantas horas em tenho os mesmos pensamentos e quão mais fortes ficam, de dia para dia, de momento para momento.
Eu queria ser uma estátua num jardim, mutilada pelos anos que já viu passar, sem que qualquer mutilação, mentira ou ano que passe me causassem qualquer mágoa.
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