Iniciei um novo blog

 Recentemente, iniciei um novo blog! E ainda que essa ideia já andasse a rondar a minha mente há bastante tempo, foi após mais um episódio depressivo que decidi avançar. O meu novo blog é numa outra plataforma, que, entre outras coisas, consegue ser mais interactiva do que o blogspot. Em poucos dias, consegui um destaque no Sapo com um texto sobre a minha ansiedade e as redes sociais, sobre como a minh'ansiedade se manifesta perante as redes sociais. Não mencionei, por exemplo, que, ainda que escrever seja um óptimo escape, a ansiedade já me levou a eliminar dois blogs naquela mesma plataforma.

Após um período depressivo que parece ter acalmado, ainda noto alguma melancolia. Não fossem os trabalhos que tenho andado a fazer por casa, seriam longas horas a fumar e a olhar para o horizonte ou mesmo na cama. Não tenho grandes explicações para o que despertou este novo "estado": ainda que associe a quando o tempo começou a mudar, sei que há mais por detrás destas sensações. E, com isto, quase terminei algo que nunca começou sequer.

Hoje, penso nele. E nele, repousam alguns pensamentos e devaneios que sei serem impossíveis: quem não é de nós, nunca será como nós. Uma curiosidade há (quase?) quatro anos atrás, criou uma ligação sexual improvável. Ainda que não hajam momentos que possam despertar sentimento, ainda que eu não brinque com sentimentos (nem com os alheios, nem com os meus), o certo é que tenho considerado cenários improváveis. Aquele corpo, conheço-o (quase) de cor. A voz, os gemidos, música para os meus fracos ouvidos. Existe um certo olhar, típico e dominante, num rosto jovem e num corpo que acende o maior fogo em mim (sei que me deseja, porque mal nos vemos e está de pau feito!). Mas é apenas isso.

Nos últimos tempos, tenho-me desviado de amantes. E ainda que tenha conhecido uns novos amantes, tenho-os evitado: alguns, porque têm alguém que os prende e que amam e a idade trouxe-me alguns escrúpulos que antes não tinha; outros, porque não têm nada de novo para me dar ou, ainda, porque o esforço que fazem, não é nem um décimo daquilo que emprego, para que tenhamos ambos o que desejamos; existe, também, um caso único, em que a tesão desapareceu por causa das drogas e acabo por passar horas de frustração, enquanto a pessoa se droga. E, muito sinceramente, não quero ver-me em certas situações: não são para mim.

Recentemente, iniciei um novo blog, que teve já uma certa atenção, mas será aqui que virei, quando o peso é demasiado e o choro (que não choro) sufoca-me a alma. Trago a alma à flor da mágoa, sem que alguém me tenha ensiado a lidar com isso alguma vez. Tenho dirigido a minha atenção a coisas e a pessoas, que não têm culpa do estado em que estou, simplesmente porque são fáceis de culpar, já que nos usamos mutuamente para satisfação pessoal, enquanto que, mais uma vez, enfrento as minhas piores fases e os meus demónios sozinho.

Quanto àquele sentimento sobre o qual tnto me chateaiam, o amor, repito este excerto da última frase "... enfrento as minhas piores fases e os meus demónios sozinho."

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