Movido pela necessidade de escrever, escrevo
Ando por outras paragens. Ando por outras realidades. Aproveito a nova experiência ao máximo, de poder escrever livremente, de poder "confessar-me" sem grandes receios. É bom.
Comecei, finalmente, a reescrever todos os meus velhos diários. Selecciono aquilo que quero manter, reescrevo o que acho que vale a pena ficar, recorto desenhos e colo-os no meu novo diário. E assim vou redescobrindo coisas há muito esquecidas, fazendo desaparecer coisas que não gostaria que alguém visse, nem que fosse por um pequeno acidente. Quando terminar, é hora de repassar todos os meus poemas. Sem selecções... ou talvez escolha um ou outro para o lixo. Mas é melhor aproveitar o meu espaço com qualidade, do que com quantidade de folhas riscadas, cadernos que foram deixados a meio. Deste modo, posso livrar-me de velhas coisas e dar espaço a coisas novas.
Do modo que tenho feito as coisas com o diário, apercebo-me de que faço, talvez, ma espécie de Diário Gráfico, aquele "trabalho" que me era pedido nas aulas de Educação Visual, onde registássemos tudo quanto nos captasse a atenção, escrevêssemos, desenhássemos, colássemos o que fosse que captasse a nossa atenção, o que despertasse a nossa sensibilidade de alguma maneira. Com os meus versos, talvez faça o mesmo... só chegando a hora e começando a trabalhar nisso é que sei o que irá acontecer.
Estou a escrever este texto, movido por uma estranha nevessidade de baixar aqui os meus pensamentos. Preciso seriamente de deixar alguma coisa neste espaço. E preciso, dentro em breve, de começar a trabalhar num texto para escrever aqui, para o meu futuro local de trabalho. Tem-se atrasado, depois tenho esperado sem respostas e, tendo essa resposta finalmente, sei que as coisas não estão a correr tão bem, com incialmente se esperava. Peço-te, minha auerida, que tenhas calma, porque ainda é só um começo. E os começos são (quase) sempre vagarosos, demoram o seu tempo e ainda há muito, muito mais a fazer.
Escrevo movido pela necessidade de fazê-lo.
Escrevo, porque a calma assiste-me, estranha.
Sereno, escuto músicas do meu coração. Escuto a sua voz mágica.
Escrevo. Impávido e sereno.
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