Vi o mar - solidão!

Ouvi o mar cantar. Na bravura da sua voz, a imensidão da noite. O sal. A noite. Eu e eles. Quantas vezes precisarei eu disto, até me aperceber de que isto sou eu? Quantas vezes precisarei de encontrar-me com o mar e com a noite, até me aperceber de que sou apenas uma gota desse imenso oceano, um ponto de luz no infinito e distante cosmos?
Vi o mar nocturno. Ouvi a sua voz. E a minha alma fluiu. A minha alma fugiu-me do controlo. Podia jurar que alguém, alguma entidade caminhava na espuma das ondas enraivecidas.
Vi o mar. Ali tão perto. E eu era do mar. E o mar - vã fantasia! - era meu!
Senti a solidão assolar-me, pela primeira vez em vários anos, em que mentiras e desenganos têm sido suficientes. E senti a minha alma ser assolada por imensos... devaneios. Desejos de que tudo se alterasse e que eu fosse alguém completamente diferente.
Senti a solidão dentro de mim. E era como as ondas tristes, batendo a areia da praia. E era como um imenso e devastador buraco negro na imensidão do Espaço.

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