Sobre o amor e a educação (ou a falta dos mesmos)

Há sempre alguém que se questiona sobre o amor (ou a falta do mesmo) na minha vida. E, quando eu digo que nasci sozinho e morrerei assim, questionam-se por que é que insisto em ser diferente. Bem, deixem-me lá tentar escrever isto de forma simples e clara.
Numa simples e habitual ida ao supermercado, deparei-me, inevitavelmente, com a espécie humana. Deparei-me com a falta de algo que considero essencial: educação. Vou evitar certos tópicos mais "sensíveis", para não ferir certas susceptibilidades, mas deparei-me com a espécie humana na sua faceta mais feia e, para mim, mais nojenta, que é quando a educação falha.
Eu até gosto das pessoas, caso contrário não trabalharia num café. Contudo, e apesar de toda a minha "iluminação", estou a ficar sem paciência para as pessoas. Não tenho muita vontade de andar de roda das pessoas, de criar e prolongar longos diálogos fúteis e inúteis. Gosto das pessoas, mas tenho cada vez menos vontade de lidar com elas, cada vez menos paciência para isso. Por isso mesmo, o amor fica apenas para a poesia, em toda a sua beleza e em todo o seu esplendor. Tudo o resto, é carne para alimentar as minhas necessidades básicas.
Aliado à minha falta de vontade e de paciência de lidar com as pessoas, com o dito "bicho humano" nasce a minha falta de vontade de querer um relacionamento e cresce o meu desejo de morrer afastado das pessoas. Cresce o meu desejo de sair desta cidade, cresce o meu desejo de abandonar as cidades de uma vez por todas, utilizando-as apenas para trabalhar, vivendo numa aldeia, numa pequena povoação longe de tudo e de todos. E aí, meus amigos, é onde reside a minha imensa vontade de largar tudo e rumar à minha terra, preparar tudo para a guerra vindoura e esquecer todo o mundo.
É mau? É errado?
Eu quero esquecer, o mais possível, a existência humana e preparar-me para a ornada espiritual. O amor não é mais que uma futilidade terrena e carnal - o que liga as almas e os espíritos é muito mais que isso, é uma comunhão com a terra, com os montes e com as terras lá em cima. Dos homens, interessa-me apenas a educação. E essa, por muito que eu queira acreditar que não, está morta!

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