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Showing posts from November, 2016

Há muito que desisti

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Há muito que deixei de procurar este ou aquele sentimento. Acho que existem sentimentos que, certas pessoas, nas quais me incluo, são incapazes de despertar nos outros. Há pessoas, tal como eu, que não nascem fadadas a marcar especialmente a vida de alguém, mas que são continuamente marcadas pelos outros, pelo mundo, pela vida. Existem pessoas que não têm esse condão de ser inesquecíveis para os outros. Há muito que desisti de algo mais profundo e abracei o superficial, o carnal. Ajo como um predador, procurando a próxima presa para saciar as minhas vontades, para saciar as minhas necessidades, até desaparecer na bruma. Os meus maiores e mais grandiosos sonhos, neste momento, não passam por ter o amor ou a aceitação de terceiros, senão a minha própria. Os meus maiores sonhos são de florestas intermináveis, com templos em que me refugie, onde se ouve até o eco do bater do meu coração. Há muito que desisti de sentimentos mundanos.

Rejeito amores

Porque não vale a pena procurar nos outros a paz que não encontro em mim. Sinto-me só.

Loucura - há algumas horas atrás

Às vezes, poderia ter cinquenta blogs, com identidade desconhecida, com identidade patente. Poderia passar por cinquenta espaços diferentes e, ainda assim, não conseguir escrever sobre o que quero. Ainda assim, ser incapaz de escrever as palavras que me assombram, de dizer a verdade que tem de ser dita. Há umas horas atrás, iniciou-se uma certa mudança em mim. Nessas mesmas horas, apoderei-me de outro nome, outra vertente de uma outra existência. Se as coisas, por vezes, não fazem sentido, que se foda! Interessa que faça sentido para mim, que eu saiba o que digo, ao que me refiro. Interessa que, o que sinto, transpareça, sem muito compromisso. Há umas horas atrás, a noite fria presenciou algo, por esquinas, por becos escuros e húmidos, a cheirar a urina, que não imaginei alguma vez que fosse. Há horas atrás, morreram algumas certezas. Há algumas horas atrás...

Calma, coração

Todo o desejo que bate uma vez, bate, também, duas ou três. O que não foi teu hoje, bater-te-á na porta um dia destes. Quis uma vez, há-de querer de novo. É só viver... E ver!