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Showing posts from September, 2014

Por amor...

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Não hesitava um segundo Ana Moura Entre os teus olhos azuis E um quadro azul de Picasso Entre o som da tua voz E o som de qualquer compasso Entre o teu anel de prata E todo o ouro do mundo Escolheria o que é teu Não hesitava um segundo Quantas ondas há no mar Quantas estrelas no céu Tantas quantas nos meus sonhos Eu fui tua e foste meu Entre o teu anel de prata E todo o ouro do mundo Escolheria o que é teu Não hesitava um segundo Entre o céu da tua boca E a luz do céu de Lisboa Entre uma palavra tua E um poema de Pessoa Entre a cor do teu sorriso E todo o brilho do mundo Escolheria o que é teu Não hesitava um segundo Entre o teu anel de prata E todo o ouro do mundo Escolheria o que é teu Não hesitava um segundo Sabem, aqueles que me conhecem, que eu sou muito dado às artes. Sabem que eu venero a poesia. No entanto, não consigo deixar de partilhar este poema, que Ana Moura canta, com toda a concordância do mundo. Para ti. Por ti.

Too much going on my soul... too much to be done...

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Is there any kind of medicine to let go of such feelings? Is there anything out there to help me through this madness? Is there anything at all? I just deleted that stupid third blog. It was there, doing nothing. I still need to take some time to edit all those that I have. Too many mistakes that need to be corrected. Too many things that need to be deleted. I can't be bothered to think about everything that needs to be done now. I have so much to think about. There is just too much going on my soul...

Tu não fazes ideia, pois não?!...

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Não existe ninguém. Não se alegrem. Escrevo pata descomprimir. Escrevo para acalmar o espírito que nunca se acalma. Escuto e partilho músicas de que gosto (fados, neste caso). Não tem que ter um significado especial, nem tem de haver alguém por detrás das minhas partilhas musicais. Mas tu não fazes ideia disso, pois não?! Assim como não tinhas ideia do quanto eu estava a gostar. Do quanto eu estava pronto a deixa cair esses muros. Mas é assim a vida... um dia de cada vez, uma mentira de cada vez. Será que alguém faz ideia da verdadeira dimensão da minha alma? Ou da minha visão enegrecida deste mundo e desta vida? Será que alguém faz a mínima ideia do que custa ser como eu? Do quanto custa sentir as coisas cem, mil vezes mais fortes do que elas realmente são? Será que sabem o que é esta febre de sentir e de criar para acalmar a alma e o sentimento? Tu não fazes ideia, pois não? Tu não fazes ideia do que é escrever para tentar aceitar-me a mim mesmo, fazes? Escrever para tentar compreend

Alívio do Coração

Deixei de acreditar Na absolvição, Na salvação, Na elevação. Deixei de desejar O sonho maior, O amor, O fervor. Parei... O mundo que piso não é o meu, Este corpo não sou eu, Nada há p'ra lá do céu. Chorei Sem mentira ou ilusão, Sem sentimento ou sensação, Chorei, em versos, para aliviar o coração!

É Apenas Outra Noite

É apenas outra noite, outra rua, Mais uma mentira pelo ar, Talvez a mágoa seja tua, Talvez seja meu, o sonhar. É apenas outra noite, outra lua, Que, esta noite, se esqueceu de iluminar, É apenas a minh'alma nua Quese ajoelha para rezar. É apenas poesia a fluir, Saindo da noite calma, Que faz a minha alma chorar. É apenas vontade de fugir, Esquecer coração e alma, Esquecer o meu âmago a sangrar.

Sou Tudo Sem Ser Nada

Agora compreendo Que nada entendo, Que o erro ficou lá fora E que depreendo Que, em breve, irei embora. Talvez do mundo... da vida... Que deixarei quem dança, Quem se ilude - tanta ferida Que me ficou, na alma, da esperança... A morte será a minha vingança. Vejo que todos procuram alguém: Procuram... e sempre vem Quem lhes dê alento... e calor... Uma outra mentira - amor? Eu quero-me sem ninguém. O mar... a cinza do meu sonho... Serei uma lembrança naufragada, Por tanto mundo que transponho, Serei tudo, não sendo nada. E se hoje é triste o meu olhar Fixo no horizonte, É de tanto andar a sonhar Ser uma pedra mais naquele monte!

Eu Não Danço

Eu não danço: encolho-me No meu canto idealizado E nem um olhar interceptado Faz com que me liberte. Bem dentro de mim, recolho-me Do mundo deles e quero chorar Tudo aquilo que insisto em guardar, Nada há que desaperte O nó da mágoa de ser diferente, A dor de não me sentir Parte deles, de sorrir De outro jeito - fugazmente. O meu olharque os mata, destrói, Que procura o fim dessa dança, O meu desprezo que corrói Qualquer traço de esperança.

I don't dance

I went out last night. I went out, dragged by an older and crazy woman, who keeps repeating that I am her best friend. If I really were her best friend, she wouldn't endanger my stuatin at home, by dragging me out a whole night and still trying to take me to placeswhere drug is dealed on every corner of the streets. After a whole night in discos, I left her in a cab in the middle of Lisbon and walked alone and fucked up to the closer train station to come home. I went t have a coffee at the gas station, before heading hme and finding my mother fuming like a dragon and almost threatening to beat me. If only she were able to try. In the discos, in the middle of Cais do Sodré, I saw people dancing. Then again, I was feeling lost and not suiting on it. People dance and lose themselves to dance. People try to conquer others through the dance. When the look at me, I turn my face aside in disgust and despise. I don't care about them. I wouldn't go, like she wanted to, wth any of

Coisas que já deveriam ter partido...

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Há coisas que já deveriam ter sido largadas. Velhas histórias que já deveriam ter sido ultrapassadas. Velhas gentes da nossa vida que, ainda que não estejam mortas fisicamente, no nosso espírito deveriam estar. Mas as velhas histórias, mesmo as que apenas sonhámos, que nos marcaram verdadeiramente ficam como as marcas da nossa auto-mutilação de juventude, de tristeza, melancolia, medo... horas em que considerámos de coragem, mas que foram da maior fraqueza possível. Hoje poderia escrever de tudo. Poderia escrever de ti. Sobre ti. Por ti. Denunciar-te e dizer ao mundo, aos meus leitores quem és tu. Quem é o alvo dos meus afectos. Mas digo apenas que chove lá fora. Talvez os anjos ou mesmo Deus, na sua infinita sabedoria e altivez, chorem o mesmo que choro interiormente. Poderia dizer que morreria. Mas isso não é novidade. Namoro a Morte há tanto tempo... Hoje, sinto que poderia ter feito tanta coisa diferente e talvez nunca nos afectasse tanto esta presença ambígua. Hoje sinto que poder

Que me importa?...

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Que me importa o mundo e os seus olhares? Os seus ditos e mexericos? Que me importam as suas vontades e as suas crenças? Que me importas tu, afinal? Que é que me importa o que tenhas ou o que sejas? Que é que me importa o tempo que se passou e tudo o que houve pelo meio? Ainda és uma sombra na noite, ainda és o que provoca o medo, ainda és o que provoca o susto maior, o quase-enfarte. Que me importa o que digam ou o que façam? A proximidade? A distância e até mesmo a saudade? Se eu já não sei viver sem saudade e se ela é algo tão normal para mim, como respirar? Que me importa o medo? Que me importam as dores? Que me importa o passado ou o futuro? Que é que me importa o gajo que escreve agora no computador ao meu lado e que se relaxa completamente na cadeira? Se olha ou deixa de olhar para o que escrevo? Se coça os tomates ou se fica a ver o que seja? Que é que me importam os mitras  na rua? Que é que me importa o que quer que seja?!

No plans, no dreams...

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I was planning to do a few stuffs with the money that I have gotten from my aunt yesterday (she's actually my mum's aunt). At first, I thought about saving it to get a new phone from a different network operator, but it would take me a while to get the necessary money. Then, I thought i would send out a few letters. After that, I thought about keeping the money for as long as possible. But as you already know, I am not trustwhorty when it comes about making plans and keeping up with what I have previously planned. So I have bought a bunch of paper, four coloured pens that I'll use on my letters and I am sending away, at least one of three packages that I have left in my room and that should have been previously sent. Now, after a crazy night with a terrible dream (that has started as a pornographic stuff), after a terrible fright in the streets, that almost caused me an heart attack, here I am, writing down, as I haven't done in a while. When I was walking down the str

Flying high on doubts...

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What's left of my sanity?! What's left of all my madness?! Where are my castles?! My towers and my knights?! Where's my Empire??!! Why do I see so much smoke?! Where is the fire?! What happened to the woods?! Why there are so many buildings?! Are they forts?! I need to calm down my spirit. I need to let go of all this madness. I need to let go of my curses and my wounds. I need to calm my demons down. I need to stop being a paranoid asshole...  I don't know how to be, if not myself. I don't know to where I belong. I need to leave the night spirits of the city. I need to get over their spells. Where are my familiar faces, without secrets and lies? Where are my familiar streets? Where will all this end? And now I have no idea... I'm just flying high!

Opções

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Por que é que penso em coisas que dizer e sobre que escrever, enquanto desço a avenida, chego ao computador e sou incapaz de escrevê-las? Como é que se desenrola esse processo de uma mente completamente cheia numa situação e vazia logo a seguir? Não espero fazer um grande texto. Sinceramente, desisti de esperar grandes coisas de mim mesmo. Tenho-me demonstrado uma imensa decepção para todos quantos me rodeiam. Como posso esperar que seja de outra maneira, se a mim mesmo decepciono? Hoje tenho sabedoria para ver as coisas, vontade para fazê-las, mas uma preguiça enorme que me move, uma ansiedade que me mina. Talvez seja altura de deixar esta vida... e começar uma outra, longe, longe...

O que há a dizer?

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imagem retirada do link: http://sopenumbra.blogspot.pt/2013/02/paisagem-noturna.html O que tenho a escrever? O que poderá ter ficado por dizer? Quantas mais palavras terei que gastar, até me aperceber, finalmente, de que nunca nada será como o terei idealizado, de que nunca terei direito ao mesmo a que os demais têm direito? Nunca terei direito a essa paz de espírito, nunca terei direito a essas horas de quietude, estendido numa cama qualquer, estendido num chão qualquer. Ser honesto apenas me tem trazido dissabores: o dissabor da derrota, o dissabor da perda, o dissabor do vazio. Olhando para o céu, contemplando o céu cheio de milhões de estrelas, pergunto quando é que terei errado tanto, que perdi o rumo à vida. Hoje penso que talvez deva começar a mostrar algo que não sou. Talvez consiga estar mais em paz. Talvez consiga ser mais feliz, face à falta de honestidade que parece mover a felicidade de milhões. Hoje recordo-me de ti e o que recordo, já não é tão doce quanto outrora. Talve